Alucinação
No ocaso do dia
Rasgo o véu das utopias
Vejo uma linda magia
por entre estrelas tão frias
Sob um céu azul bordado
surge um deus grego dourado
vestido de ilusão
resgatando a alma da solidão
Como num rasgo de lua
deixou a noite toda nua
e iluminou o coração
carente de fantasias
Foi tudo tão de repente
como uma estrela cadente
Fugiu na escuridão
como uma bandido vilão
Agora procuro o meu alento
segredando ao vento
Com olhos cegos de encantamento
busco esta maldita aparição
Que acendeu o vulcão
com as lavas da tentação
querendo queimar o corpo
que ardia de paixão
Tento apagar o pensamento
deste desejo incandescente
que fugiu das minhas mãos
deixando a alma vazia de ilusão!
16/11/2004