Alucinação

No ocaso do dia

Rasgo o véu das utopias

Vejo uma linda magia

por entre estrelas tão frias

Sob um céu azul bordado

surge um deus grego dourado

vestido de ilusão

resgatando a alma da solidão

Como num rasgo de lua

deixou a noite toda nua

e iluminou o coração

carente de fantasias

Foi tudo tão de repente

como uma estrela cadente

Fugiu na escuridão

como uma bandido vilão

Agora procuro o meu alento

segredando ao vento

Com olhos cegos de encantamento

busco esta maldita aparição

Que acendeu o vulcão

com as lavas da tentação

querendo queimar o corpo

que ardia de paixão

Tento apagar o pensamento

deste desejo incandescente

que fugiu das minhas mãos

deixando a alma vazia de ilusão!

16/11/2004

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 28/11/2005
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