Minhas noites

A vida é dança das cadeiras

Quando tudo está no lugar

Redemoinho tudo desfaz

O mar que está calmo

Revolto pode se transformar

Eu que pensava em dormir

Ponho-me de pé a caminhar

Percorro caminhos estranhos

Assusto-me não sei com quê

Desperto de meus pesadelos

As noites se tornam gigantes

O tempo parece não passar

Ou o tempo parou no tempo

Meus planejamentos

Não passam de mera ficção

Se não recorro aos fármacos

Meu dia será um tormento

Mas...

Nada dura para sempre

Seja a alegria ou a tristeza

A gente vai levando a vida

Mostrando para as pessoas

Apenas o que fica à mostra

Nas partes ocultas do ser

Camuflam-se dúvidas e incertezas.

ERALDO CUNHA
Enviado por ERALDO CUNHA em 09/02/2023
Reeditado em 10/02/2023
Código do texto: T7715611
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