FANTASMAS 💠

A cidade paira nos ares

Dois bilhões de habitantes

Dois bilhões de fantasmas

Mais um

Eu

Sozinho procuro os fantasmas

Que já não são mais camaradas

Nem se escondem nos armários

Há pouco um ruído denúncia os espectros e acordo sobressaltado

Há vida nos fantasmas ou é minha mente a ressucitá-los?

E na penumbra vejo a sombra presa

Fora do alcance da luz

Fantasmas a parte

Precisava de um amigo

Real

Desses que se acham fora das festas e folguedos

E que sem querer tomam conta da vida da gente

No meio desses fantasmas

Não tenho resposta (exceto uma...)

E essa cidade flutua

Parada, Inerte

Sem vozes

Só o assombroso ruído fantasmagórico

Servindo pra acordar os vivos e mais nada

E pelos vivos imploro

Mas nem a mim mesmo respondo

Se tento comunicação

Sou apenas um lado da linha

Sem receptor

Mas fantasmas,

Escutai-me o que digo, em meio ao susto!

Essas aparências esbranquiçadas

E esses vultos

Assustando-me a noite

Não são simplesmente fantasmas

São nada mais que eu mesmo e meus dilemas

Me incomodando enquanto espero

Ter a resoluta natureza de um homem

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Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 18/12/2022
Reeditado em 14/04/2023
Código do texto: T7674829
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