INSANA
Meus olhos caem, doem de pranto.
A mascára da loucura era sana.
Do corpo carnal nada emana - sou bossal!
Boca suja do lixo, rasgo provérbios.
Improviso qualquer oração - Deus nenhum me ouviria mesmo!
Esqueci o metal - vil metal!
Não é preciso...
como sonhos dormidos e bebo pesadelos.
Rabisco a areia da praia, pixo o céu com blasfêmias,
derrubo estrelas com meus impropérios.
Embriagada de tédio corro num carro velho atropelando a vida
e omitindo socorro.
Brigo com o vizinho, prendo o passarinho, chuto o cachorro
e morro....
morro de rir.
Laura Duque.