Doentia

Ah! Alma inquieta, quase insana!

vil, profana, febril

trêmula, intrépida.

estúpida!

Já não sabe o que fazer

o que falar ou sentir.

Desbaratada. Perdida!

Cansada... Vã.

Fria, quase gélida.

Alma desnaturada,

Infame!

Careceste novamente em outra explosão?

Agora, Cala-te!

Sumirás em questão de pouquíssimo tempo.

Então, voltarás a ser o que realmente é:

Paupérrima!

Sabes o que é ser nobre ou bom?

Sabes o que é compaixão?

Apego?Amizade?

Certamente não!

Que dirás então do significado

Real e sublime de AMOR?

Certamente, desconheces tal palavra.

Não é mesmo, Infame?

Então viva, sinta. Aprenda

Ou morra em teu ódio

Débil e doentio!

Cheio de si, não é mesmo?

cheio da putrefação que

habita-lhe a cada segundo.

Em cada sopro

Não pense que sou agressivo u cruel

Sou apenas tão vão quanto ti

Ou até mesmo mais!

Porém, já sinto-me ofegante

E em meus últimos suspiros

Vejo luzes que não existem

Ou que de nada adiantam!

Por tal razão criança, Digo-lhe

Em toda veracidade e razão

Não vivas como eu!

Não sejas somente seu!

Não te torne apenas mais um

Vaidoso e vil.

Ou até mesmo as luzes que hoje vejo

Não significarão nada à você.

não espere estar como eu

não sejas como eu fui

não viva o que vivi.

E não morra

A cada dia, como morri.