Asas Impossíveis

no horizonte longínquo

do infinito

da minha desgraça

um claro sol que me acena

se põe ao longe distante

e a noite completa me existe

onde caio como flecha maldita

e cada vez mais longe distante

tuas asas infindas se perdem de mim

teus olhos divinos encantam luares

teus adejos de anjo elevam no cosmos

teu sopro de vida renasce as estrelas

sempre tão longe de mim...

morcegos ciclonam em minha mente

os corvos serenatam em meu sono

nos meus sonhos...

enforcou-se a paz!

e cai da minha boca a gota de sangue...

se uma asa tocou-me nos lábios

foi a de Satanás...

distantes eu ouço teus cantos

longínquos eu sinto teus olhos

sublimes infindos eternos

sempre tão longe daqui...

mas... algo me voa na alma

sempre tão perto de mim...

lá do infinito de tudo que morre

bateram-me sempre tão perto

as asas da Morte e do Fim...

www.artedofim.blogspot.com

Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 05/12/2007
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