Em busca de ti!
Nas andanças em que busquei refúgios
Onde eu pudesse o meu corpo descansar,
No limiar de mentiras, subterfúgios
Para o cansaço não demonstrar.
Sobrevivi a chuvas e temporais
Caminhei por todas as veredas
Por chão de espinhos cruéis, e de sedas
Por mim, a dor plangente
Era nada, tão somente
O imponderável que eu queria mais!
A minha eterna desventura
Falava mais alto em meu peito!
Buscava o silêncio, do meu jeito,
Ou a palavra que pudessem ouvir.
E meus passos, caminhando, adrede,
Em direção a novas aventuras!
Que, por infelicidade, ninguém pede,
O que eu buscava, na lua, nas estrelas
Era a paixão, do meu jeito de sentir
Em tuas mãos, em carícias belas!
Diz aos meus ouvidos as palavras certas
Antes que eu morra sem poder ouvi-las,
Pois a vida, se esvaindo, sem medidas,
Malgrado o coração ainda viva
Cheio de esperanças, redivivas,
Recorre às alegrias, ora incertas
Há tanto tempo, vivendo, sem senti-las...
A alma de amor desguarnecida,
Chora, esse pranto inconsciente
Até quando tu surgires, suavemente!
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