Quero sair
Mas como?
Escrever meus dizeres
E deixá-los escoar
Junto das águas da vulnerabilidade?
Arrancar os papéis de paredes
Tornar as paredes translúcidas
Deixar meus pensamentos claros
Visíveis e evidentes
Quebrar o vidro
E deixar minhas verdadeiras cores
Se fazerem presentes?
Opções a serem
Consideradas
Enquanto minha mente
Anda em círculos
Lentamente se rendendo
À espiral do problema
Percurso convergente
Se acabando no
Centro
Para no fim
Se conter nele
Girar
Observar minha jaula
Ao redor
E não executar
Minha saída
Almejo tanto
Minha saída
E a coragem
Em forma de
Vulnerabilidade
De ventilar
Meus pensamentos
Pois não aguento mais
Ficar preso aqui
Com eles
E o desconforto
De ser encarado
Por eles