Quero sair

Mas como?

Escrever meus dizeres

E deixá-los escoar

Junto das águas da vulnerabilidade?

Arrancar os papéis de paredes

Tornar as paredes translúcidas

Deixar meus pensamentos claros

Visíveis e evidentes

Quebrar o vidro

E deixar minhas verdadeiras cores

Se fazerem presentes?

Opções a serem

Consideradas

Enquanto minha mente

Anda em círculos

Lentamente se rendendo

À espiral do problema

Percurso convergente

Se acabando no

Centro

Para no fim

Se conter nele

Girar

Observar minha jaula

Ao redor

E não executar

Minha saída

Almejo tanto

Minha saída

E a coragem

Em forma de

Vulnerabilidade

De ventilar

Meus pensamentos

Pois não aguento mais

Ficar preso aqui

Com eles

E o desconforto

De ser encarado

Por eles

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 26/10/2022
Código do texto: T7636344
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