Paradoxo
Quando quiser me prender
Basta apenas me soltar
Não tolero intolerantes
Mas cega, posso enxergar
A liberdade escraviza
Para o silêncio escutar
Estou dormindo acordada
A rotina é novidade
Pra quem virou morto vivo
Na selva que é a cidade
Pra respostas tem perguntas
No escuro há claridade
Eu vejo guerras pacíficas
Faço acordos belicosos
Pois é errando que acerto
Elogios tão jocosos
Sofro quando estou feliz
Obedeço os teimosos.