Poeminha do futuro

A poesia selvagem nasceu de quatro patas,

cresceu com os milênios,

e já adulta,

navega na Internet,

sem ter ilusão de terra,

porque já nasce nos bits e na alma que calcula a beleza do futuro

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A poesia é o fogo que foge

quando o celular toca,

E se atira numa toca

porque causou intriga

Sempre pronta pra uma briga

Ela é uma passageira

E passa ligeira

pelas frestas da cidade

Onde invade as lideranças

Poesia tão lambança

Tem idade já de séculos,

e não vê a hora de ser perpétua

Com seu corpo

Que se perpetua a cada lágrima sentida

A cada estrofe retraída

Que movimenta seu sangue

Nas veias da idade sem pedra

Da cidade sem trégua

Da vida que nunca se acaba

E a poesia se afaga

E vê que é carne da metamorfose

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 22/09/2022
Reeditado em 22/09/2022
Código do texto: T7611989
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