Poeminha do futuro
A poesia selvagem nasceu de quatro patas,
cresceu com os milênios,
e já adulta,
navega na Internet,
sem ter ilusão de terra,
porque já nasce nos bits e na alma que calcula a beleza do futuro
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A poesia é o fogo que foge
quando o celular toca,
E se atira numa toca
porque causou intriga
Sempre pronta pra uma briga
Ela é uma passageira
E passa ligeira
pelas frestas da cidade
Onde invade as lideranças
Poesia tão lambança
Tem idade já de séculos,
e não vê a hora de ser perpétua
Com seu corpo
Que se perpetua a cada lágrima sentida
A cada estrofe retraída
Que movimenta seu sangue
Nas veias da idade sem pedra
Da cidade sem trégua
Da vida que nunca se acaba
E a poesia se afaga
E vê que é carne da metamorfose