Arrebatamento/Assentamento

Hora perfecta:

Desintegrou-se deus da publicidade

Em dilúvios de mil novos cultos

A personificação da autoimagem

Repete-se em todos os sutis movimentos

Assim, o mundo escapa dos teus sentidos

A vitória vens petrificada em qualquer memória

A cidade sopra o luto sob teu olhos, tudo é estigma

Eu creio naquilo que é fugaz

Apresenta-se e tão já dissipa-se

Mesmo que o assombro persista

Sua materialização é minguante

Centrífugo cenário, companhia hereditária

O canto que o vento contradiz traz consigo

Temores inúteis dos homens de posse

Pouco importa-se a estética das ruas [

que venham agressivas!]

Meu nome, tu o conheces

Pois existo em imagens nos teus desejos sórdidos

As flores da química mortal criam bolores

Que vence a fauna da resistência

Congestiona praças belas

O infinito dança entre folhas caídas

Num ato pesado da imaterialidade

Isso era a morte do convencimento

Não fala com os olhos abertos

Pois eles põe fogo em teu desserviço

Exista aonde a testemunha se curva

Teus olhos fechados desviam de armadilhas terrestres

Eu juro que faria tudo o que disse entre os lençóis

O que as confissões sobrepunham em crimes velados

Entretanto, fora fruto de um instante pacífico

E naquele pedaço de tempo, eu fui teu eterno amor...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 11/09/2022
Código do texto: T7603513
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