Arrebatamento/Assentamento
Hora perfecta:
Desintegrou-se deus da publicidade
Em dilúvios de mil novos cultos
A personificação da autoimagem
Repete-se em todos os sutis movimentos
Assim, o mundo escapa dos teus sentidos
A vitória vens petrificada em qualquer memória
A cidade sopra o luto sob teu olhos, tudo é estigma
Eu creio naquilo que é fugaz
Apresenta-se e tão já dissipa-se
Mesmo que o assombro persista
Sua materialização é minguante
Centrífugo cenário, companhia hereditária
O canto que o vento contradiz traz consigo
Temores inúteis dos homens de posse
Pouco importa-se a estética das ruas [
que venham agressivas!]
Meu nome, tu o conheces
Pois existo em imagens nos teus desejos sórdidos
As flores da química mortal criam bolores
Que vence a fauna da resistência
Congestiona praças belas
O infinito dança entre folhas caídas
Num ato pesado da imaterialidade
Isso era a morte do convencimento
Não fala com os olhos abertos
Pois eles põe fogo em teu desserviço
Exista aonde a testemunha se curva
Teus olhos fechados desviam de armadilhas terrestres
Eu juro que faria tudo o que disse entre os lençóis
O que as confissões sobrepunham em crimes velados
Entretanto, fora fruto de um instante pacífico
E naquele pedaço de tempo, eu fui teu eterno amor...