Arte
A arte sofre entre os vivos
E morre por um crivo de amadores
Ela quer descansar suas dores
E ser uma ave sem dono
E sente perda de abandono
Que grita presa na varanda
Mas solta num quarto de despejo
Onde eu vejo ser acorrentada
A vida que faz arte
Por desfigurar uma parte da estrada