POR ENQUANTO
Tudo estranho, vário,
Ego solitário,
Aos fragmentos se rende,
Tudo sem happy end,
Inverso ao universo,
Aos versos transcendentes,
Tudo tão vago,
Cálice amargo,
Tudo notívago,
Mesmo à luz do dia,
Tudo incerto,
Deserto,
Olhos reticentes,
Abertos para o nada,
Tentativa frustrada,
De me reencontrar,
Aceitar,
Do sonho o convite,
Para reluzir a fisionomia,
Mas a estranheza não permite,
E talvez, eu nem aceite,
Seria muito deleite,
Para o limitado eu,
Por enquanto,
Deliro,
Prefiro
O breu.
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EM VÃO
Te procuro no escuro,
te procuro, no entanto,
acabou-se o encanto,
que havia e nos unia...
dos meus olhos rola o pranto.