Quinta D'or
Quinta D'or, quanta dor! Vejo anjos dando de ombros pelo corredor. Uma alma passa apressada procurando uma janela aberta para que possa escapar. Um ruflar de asas chega-me aos ouvidos. Duvido ela achar saída. Arrisco um palpite que lhe indique o elevador. E sinto em meu braço uma braçadeira apertar. Desejo que ela se liberte dessas paredes, desse cheiro de sol que não entra, de chuva que não caí, de flores que não desabrocham, dessa falta de vento na cara e de vazios inexplicáveis. Então ela volta, entra pela minha porta, em mim se acopla. Ainda é preciso esperar!