A Cartografia Definitiva da Redenção
Tragar os espasmos das moscas e seu desprezo
A tez a espreita de solver na areia dos sonhos
E desencadear o tango nos pés movediços
Em uma areia condensada entre vidro e lágrimas
Sustento o nome da própria praga
Carregando luzes de futuros gloriosos
Também redime-se às trevas,
Já que não há um sem o outro
Vil afago, raiva prodígia
A própria traição em riste
Contra a traição das vítimas de rezas
Contornar o pulmão dos famintos por imagens sacras
Tempestade de cadáveres, feitas de formigas
Comem da pele infrutífera dos meus olhos
Testei minha língua contra teus amoladores
Os quebrei no corte da minha profanidade
A espessura do fracasso se acumula
Em meus lábios como o resto de amores mal surgidos
O labirinto pesa em meus ouvidos, um segredo de vozes conflitantes
Se desenha em minha orelha ariscando minha vaidade feito o quebrar de xícaras
Meu corpo estátua espera
A violência, o pranto, a chuva e o sol
Moldam as arestas desse monumento
Eterna dispersão, a culpa dentro das cobras de uva
Descasca a paz no véu da tua face
Há intrigas, previsões e fome
Existindo em silabas egoístas
Teimando o azeite-graxa do final do dia
A ofensa oferta-se com o rabo cabeça de peixe
Pela madrugada, tingindo porcelanas com odores agressivos
Todos os santos declamados do meu estômago
Caçam a vitória espumante de teus anéis de ouro