MENTECAPTA URBIS

Inimaginável poder plasmático

Mentecaptos pássaros urbanos

Intragáveis pensamentos humanos

Do factóide viver pragmático

Insanos e medíocres pássaros urbanos

De medonho aço lançado ao espaço

E jaz a geometria métrica do estilhaço

Dos tristes compassos sem planos

Cadavéricos ideais arquitetônicos

Mutilados enredos metropolitanos

Antro de pueris desejos mundanos

De palavras e gestos subatômicos

Kafkanianos enredos emblemáticos

Aura formatada pela ferrugem

Pelo supérfluo as almas urgem

Nos cérebros de idéias de plásticos

Intra-situável medida da melancolia

Do corpo vendido e morto na esquina

Sorve o pensar a mortal dose de morfina

Morfeticamente enfeitado de anomalia

E os mesmos monumentos tecnológicos

Erigidos sob a égide fugaz da razão

A todos os idiotismos dão vazão

E as cidades viram humanos zoológicos

Leilson Leão

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 28/11/2007
Código do texto: T756970