MENTECAPTA URBIS
Inimaginável poder plasmático
Mentecaptos pássaros urbanos
Intragáveis pensamentos humanos
Do factóide viver pragmático
Insanos e medíocres pássaros urbanos
De medonho aço lançado ao espaço
E jaz a geometria métrica do estilhaço
Dos tristes compassos sem planos
Cadavéricos ideais arquitetônicos
Mutilados enredos metropolitanos
Antro de pueris desejos mundanos
De palavras e gestos subatômicos
Kafkanianos enredos emblemáticos
Aura formatada pela ferrugem
Pelo supérfluo as almas urgem
Nos cérebros de idéias de plásticos
Intra-situável medida da melancolia
Do corpo vendido e morto na esquina
Sorve o pensar a mortal dose de morfina
Morfeticamente enfeitado de anomalia
E os mesmos monumentos tecnológicos
Erigidos sob a égide fugaz da razão
A todos os idiotismos dão vazão
E as cidades viram humanos zoológicos
Leilson Leão