Cinzas pretas
Pelo sal de cada dia
Devoro o que tiver na mesa
Na vida que tempera a comida
No meio de cada incerteza
Talvez a carne esteja despida
Perdida na fome, sofrer foragida
Seria a aula que chega sem ler
Ou seria as cinzas que tem pra comer ?
Um cigarro, jornal, e a vela acesa
Ou acender um farol na sua certeza
E a gente tão perto de sobremesa
E sobre nós
desordem do submundo
Sub-humano
Sub-cutâneo
De pele preta