DESVARIO
E o que dizer desses silêncios,
quando as palavras morrem no céu da boca
e o inferno da indiferença consente os ressentimentos?
O que pensar dos caminhos que não surgem,
quando o breu da desarmonia encerra a cortina,
e quase nada se enxerga dentro desse pesadelo?
Essa angústia, essa falta de prumo,
essas obrigações que não compensam a lida...
a alma aflita pedindo por socorro,
o ódio porque não mato
o motivo pelo qual eu morro,
que rumo tomou minha vida?