POEMINHA MALUCO (Reeditado)
Poeminha maluco
Entre as entranhas do mundo e do passado
Me embrenho e me emprenho de nadas...
Navegante, sem itinerário me perco entre ventos e velas,
Nas marolas amenas de desafios constantes
E embarcações naufragadas.
Uma fragata um flagrante, um dia, um instante.
Um sol que ofusca e uma noite que esconde e chega de mãos vazias
Pra me acalentar.
Mergulho em uma concha,
sem acústico, canta uma sereia que passa
E nada entende de humanos...
Netuno se assusta e me espeta em seu garfo,
fujo de seu ataque e pego carona num golfinho amistoso
que me devolve a praia de fel e desgostos, de sal e de céu...
A areia me engole e um siri me cospe fazendo cara feia...
Nas entranhas de um útero divino
busco o seio materno, o colo paterno.
Entender sobre destino e sobre Freud...
Mas nada é belo, simples e explicável
E continuando a odisséia viajo ao planeta Ilusóide
Tentando mudar o imutável.