Nascemos para escrever.
Um mar que vem de longe
deitado na areia da praia
a água batia no meu rosto
trazendo histórias incontáveis
de coisas indecifráveis
fui parar em outros lugares
numa espécie de portal
assumi ser rei dos oceanos
e mares em ilhas desertas
sentindo com o corpo
a saga de um grande pirata.
Ora me vi cheio de cicatrizes
o coração embrutecido
um corpo de rochas
nada tinha mais gosto do que o sal do mar
eu parecia ser mais daquela natureza
do que de mim humano
também me pensei perdido por várias vezes
mas, ao ouvir alguém chamando o meu nome
acordei.
Refleti magicamente sobre todas as coisas
e pude concluir que eu posso ate ser um poeta
com lápis e papel nas mãos
mas, essa poesia de corpo e alma
jamais pensei em viver sobrenaturalmente
estou maravilhado de conseguir contar
para o mundo que nós poetas
somos desse jeito
do jeito que acho que somos
poesia viva.
Condor Azul.