Entorpecimento de um cérebro que não dorme
Quando a noite teima e não há dormir
Foge o sono à segurança máxima
Retorna-se ao que é loucura simplesmente
No cérebro combalido de orgulhos vãos
Cemitério silencioso, menos que a alma muda
Que veda, não se cala, arma e não se queda
É a queda provocando-lhe a anarquia
Homem território de desordem e desmando
De naus piratas à motocicletas encapetadas
É a rua gritando a mesma clássica história
Em que os personagens teimam mudar
Mas o enredo jamais perde a simetria
Deixe-me ir antes que o meu cérebro derreta
Pois jaz aqui coração de outras existências
E não restará nada para governar o resto deste caco
Deste escombro vil do que um dia alguém foi