Insanidade...
Venha logo e...
Rasga-me por inteira
E não costure meus pedaços
Os consuma um a um
Como a água é consumida pela terra
Tira de mim a sanidade
A pouca que ainda me resta
E faça-me cometer os mais loucos pecados
Alimenta-me com tuas palavras
E construa meu mundo
Sobre teus toques
Liberta-me das minhas correntes
E invada a minha alma
Com teu desejo incontido
Rasga-me de uma vez
Com tua força
Abra-me o peito
E atira-me as rus entranhas
Agora tão cheias de vontade
Olha-me nos olhos
E invada minha mente
Com teu silêncio
Puramente perigoso
Arranca-me essa ansiedade
Essa rebeldia em te querer
Rasga-me sem pressa
Aos poucos...
E faça-me te cobiçar
Em minha carne
Em meus sentidos
Em cada pedaço de mim