Hecatombe
Bombardeando o mundo para atingir a paz,
Ignorando a necessidade dos pobres.
Preparando a desgraça para o próximo século,
Eles já nascem com o cheiro da morte…
Olho por olho, mas todos estão cegos.
Aeons de sangue e sacrifícios.
Negligenciam os necessitados,
Viver neste mundo é suicídio.
Eles bebem o sangue dos desesperados,
Assassinam culpados e inocentes,
Vivemos numa sociedade doente.
Corpos são comprados,
Almas são vendidas.
Homens e mulheres acorrentados.
Aeons de destruição e carnificina.
Sonhos mutilados,
Pesadelos realçados.
Sangra um mundo maculado,
Não há como fugir da ruína.
Não há salvação,
A única lei que funciona é a do talião.
Hordas de seres insensíveis marcham,
Em direção a mais uma hecatombe,
Destruir tudo é a única missão,
Por onde eles passam só resta morte.
Homens loucos controlam o povo,
A massa de seres sem desígnio,
Nascidos na ruína de uma nação,
Regozijando no sangue do deicídio.
Filhos são retirados dos braços de seus pais,
Sacrificados em prol de um país.
Já nascem com a cabeça na guilhotina,
Vidas descartáveis feitas para descartar outras vidas.
Piras funerárias para os dissidentes,
Cova rasas para os indigentes.
Olho por olho, mas o mundo está cego,
Como dormir quando a morte faz eco?
Homens são assassinados,
Mulheres são violadas,
Todos os direitos são revogados.
Uma infinidade de tormentos está porvir.
Genocídio intensificado,
Ódio genuíno.
Chora um Demiurgo desapontado,
De nos criar ele está arrependido.