Passageiros...

 

Quero despertar nos teus desejos

bebendo o seu vinho

para atravessar as barreiras

e aquecer a alma

das noites enluaradas

quando somos o filme

retratado na luz da lua

escrito a quatro mãos 

as mais obscenas do mundo.

 

Reviraremos as massas

talvez, sacudiremos os sonhos

esvaziaremos as nossas almas

subiremos e desceremos o universo

só nós dois em intensidade

com os verbos aflorados

sem conter os sentidos

quebrar as placas de leis

quando sem horizontes.

 

Mas, ir ate o fim

mostrar o avêsso da vida

o tesouro por dentro

ficar ao comando dos órgãos

reproduzir outro mundo

sem procurar valores

apenas deixar se levar

por entre o paraíso

na criação da imaginação.

 

 

                                                Condor Azul.