Ovni sem N

Ovni sem N

Andando em um pasto uma luz eu vi surgir,

Cena de um filme, uma nave querendo me abduzir.

Noite silenciosa,

misteriosa,

Uma vaca do meu lado apareceu.

Mugindo a nave sugou ela e eu.

(Sim, quem mugia era a nave, algo semelhante a vários mumumumumu)

Entrando, vi um ser diferente,

Parecia pouco inteligente,

Pois estava a me indagar.

Bicho chato, insistente,

Seu idioma eu não sabia falar.

Puxou um bisturi violeta,

Branco eu fiquei.

Era uma caneta,

Mesmo assim desmaiei.

Acordei,

Em um canto jogado,

Eu olhava tudo calado.

Coitada da vaquinha, assustada,

Em uma cama amarrada,

querendo escapar.

O leite dela o extraterrestre decidiu provar.

Ele fez uma careta de desgosto,

Todo verde, com um bigode branco no rosto.

O olhar desesperado da vaca me comoveu,

O et espanquei,

A vaca desamarrei,

O piloto o controle da nave perdeu.

Não dei chance para o azar.

A nave ainda caindo,

Com o piloto, comecei a brigar

E a vaca apenas mugindo.

Quando na terra a nave se partiu,

Havia sirenes no horizonte surgindo.

A vaca livre fugiu,

Com o et machucado,

Arrastado,

No rabo dela segurando e sorrindo.

Quando a polícia chegou,

A história abafou,

E nem saiu no jornal.

Escrevo do hospício

E mentem que desde o início

Eu tenho algum problema mental.