Mãos queridas
O mau da morte,
que assim, aos leigos,
justifica a insanidade,
aflora e desenterra bálsamos
afloridos de vivências
vampíricas.
Adorna a dor
que nos vivifica
o espírito descrente,
que faz amor
como uma criança
faz tolices e artes discênicas.
Nossos heróis,
que nunca existiram,
são insistentes
em nos tocar com displicência,
na esperança de nos vendermos,
pois a pele e o calor
de nossos corpos
são frescos e apetitosos.
Como nomes...
Natálias e Dons Juans...
E a morte, velhaca e desbravida,
recolhe de perto mãos desferidas.