Corpos em órbita.
Feitiço orbital
na minha boca solta
mamilos de cerejas
em doses cavalares
de sensibilidades hormonais
quando em bitocas e bitocas de desejos
brincadeiras gostosas
de dois corpos incendiados
pelos enigmas do tesão
esperando o momento certo
de conduzir uma ópera
na completude imparcial
do sexo tridimensional
onde os elementos
procuram em suas artes
a perfeita cópula
para indução dos líquidos
numa concentração essencial
que num fecundo
túnel de viagem
se esparge para se unir
por onde espera-se do núcleo
o doce prazer da multiplicação
depois de nove meses
contados sem erros.
Condor Azul.