Eu sou você

Planto a semente

Que te deixa menos sorridente

Fincar do dente

Cicatriz ardente

E o pensamento

Nada mais que

Decadente

E te tira o direito

De viver

Como gente

Mal à espreita

Perto de ti, quando você

Deita

Tua paranóia

Ela aleita

A torta mania de perseguição

Ela endireita

Te chamar de alvo

É o objetivo desta

Seita

Ela é a sua sombra

Sua visão em penumbra

Parede de sua tumba

Linha de pensamento

Ela tumultua

Não há mais razão

Para chamar de

Sua

Não há nada para

Cortar

Não há um concreto

Acabar

Sem possibilidade de

Terminar

Somos vítimas do mesmo

Decantar

Nenhum dano para

Inflingir

Nenhum buraco para

Fugir

Sem deixa para

Sair

Sua alma é minha para

Denegrir

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 05/03/2022
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