Eu sou você
Planto a semente
Que te deixa menos sorridente
Fincar do dente
Cicatriz ardente
E o pensamento
Nada mais que
Decadente
E te tira o direito
De viver
Como gente
Mal à espreita
Perto de ti, quando você
Deita
Tua paranóia
Ela aleita
A torta mania de perseguição
Ela endireita
Te chamar de alvo
É o objetivo desta
Seita
Ela é a sua sombra
Sua visão em penumbra
Parede de sua tumba
Linha de pensamento
Ela tumultua
Não há mais razão
Para chamar de
Sua
Não há nada para
Cortar
Não há um concreto
Acabar
Sem possibilidade de
Terminar
Somos vítimas do mesmo
Decantar
Nenhum dano para
Inflingir
Nenhum buraco para
Fugir
Sem deixa para
Sair
Sua alma é minha para
Denegrir