AO CAVALETE

Acho-me a um,

Onde estou?

Longe, disto

Do que sou.

E o que sou?

Sentindo sinto um

Vago passageiro,

A emergir, emerge

À tela, ela, minha

Própria pele de

Estender-se, estende-se

Pontos pontos,

Tantos tantos

Que o que sou

É aos pincéis, os de

Um Van Gogh, a respingos

A por os respiros

Ao ser, o ser

Que sou, e

Então diz:

 

Ponto final, desça!

Chegaste ao poema.

 

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 01/03/2022
Reeditado em 03/06/2023
Código do texto: T7463199
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