Dor
- Tá tudo bem?
- Sim, não é nada.
Um sorriso amarelo e silencioso denuncia
a dor internamente grita, ela precisa ser ouvida.
- Dormiu bem?
- Não, mas tá tudo bem.
O barulho externo produz surdez
e a positividade tóxica me tira o sono de vez
- Comeu bem?
- Na correria comi o que tinha
O dia à dia trás uma rotina perversa
a comida anestesia de forma controversa
- Quer conversar sobre isso?
- Não tenho tempo, obrigado.
À dor achará sua via de expressão
ela é insistente trabalha em prol da evolução.
- Não deixe pra última hora!
- Tudo bem, eu tenho meu tempo.
Deixar um espaço para à dor se expressar
é essencial para ter tempo de sonhar e realizar
- No final o que restará?
- Meu legado e histórias pra contar
Histórias lindas e tristes ; Outras doídas e felizes
Dor sentida e vivida abre espaço para tocar a vida.