Alucinações.
Está dor que não senti
Não me dar motivo pra chorar.
Se o coração não feri,
Não é direito ve-lo assim sangrar.
Nas asas do pensamento me vi
em busca de enredos mil,sem medir esforços
em qualquer lugar.
Em meio a trovões e tempestade torrenciais
sobrevivi,sem chamusca ou gotas de chuva a me molhar.
Me achei pousado na Antártida,o continente
gelado em raro instante a meditar.
Escalei o Sinai o monte sagrado em buscas de vestígios do que tenha havido por lá.
Chorei lágrimas em vão andando à contra mão ante a solidão dos esquecidos,subjugados,oprimidos.
Deparei-me com a face e foice da morte
no sinistro e estreito corredor,
indicativo da cadeira elétrica fatal.
Estava junto a Príamos,atordoado,ensandecido
ao ver Heitor fraquejar diante de Aquiles,
o guerreiro temido.
Atravessei oceanos,viajando em outras eras,
me humilhei diante da besta-fera intercontinental atômica,adiantando
O juizo final.
Em algum lugar do passado no Ararat,
desenterrei o que restou da diluviana
arca de Noé.
No florescer do cristianismo dei fé
a incredulidade nas mãos trêmulas de Tomé.
Nostradamus me confidenciou:De três mil e seiscentos a humanidade não passará.
Um obscuro astro colossal surpreendentemente irá surgir
e um terço da população terrestre sucumbirá.
E a lua de sangue é o aviso que não se pode fugir.
Iscariotes pagou o preço da traição,
porém,me garantiu Raul (numa antiga canção)
ter o moço recebido graça e ordem
é feito cumprir sua missão.
Estou a descer desta asa abstrata a me guiar,
senão acabo em caminhos controversos
e ainda terei pelos olhos e senso crítico
do amigo e professor Ronaldo de Lima passar,
se vale apena esta prosa e verso postar.