Lamento de Páris

Os meus pensamentos fogem de mim

Árduos, me conduzem distante

Ao encontro do conhecimento e do mar,

Onde as tartarugas buscam repouso.

Fazem de mim Ágora interior,

No lugar onde a solidão é tirana,

Onde meu pensamento se debruça em tertúlias,

Questionamentos e reflexões.

Numa tentativa febril de compreender o incompreensível,

Se teria Helena amado Páris ou o próprio rapto...

Pois dizem que se ama mais o desejo

Do que ao próprio objeto desejado.

Peixe que se apegou ao rio

Tem medo da imensidão do mar...

Afinal, quem ama se acorrenta livre,

Sem qualquer desejo de se libertar...

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 30/01/2022
Reeditado em 30/01/2022
Código do texto: T7440753
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