Irremediável
Há quem queira
Quem não é alegre
Quem se embebede
Quem só faz besteira
Sem eira nem beira
Há quem goste
De desventurados
De mal arrumados
De quem não se poste
Em quem ninguém aposte
Há quem ame
Que nem a si mesmo
Quem leva a vida a esmo
Quem não se preocupe
E nem assim se culpe
Há quem enlouqueça
Por quem não tem cabeça
Que a ninguém apeteça
Por ser tão vazio
Mas que lhe cesse o cio
Há Paixão
Porque ela é mesmo cega
A ninguém segrega
Com seu desvario
É um desvio
Do que é normal
Do que é razoável
Do que é saudável
Do que é aceitável
Mas fundamental