Presa dentro de mim

Há algo errado aqui

Algo que não reconheço

Não dói mas está em mim

Sufocando-me em desespero

É invisível porém existe

Deixa-me sem sentidos

Em um vazio que persiste

Mesmo entre ruídos

Não há barras ou grilhões

Mas não há liberdade

Nestes tipos de prisões

Contém-se apenas a sanidade

Penso que nunca acaba

Temo que um dia termine

Não sei se de fato é rara

Mas aqui no fundo ela vive

Talvez um dia tome forma

Talvez um dia se apresente

Enquanto isto a alma chora

Seguindo sempre em frente

Quando as portas se abrirem

Algo enfim irá mudar

Para o mau ou para o bem

Só o destino dirá.