Devaneando
Onde está o silêncio da mente
Que procuramos ao respirar?
Quanto menos barulho em frente
Mais confusa a mente está.
Podemos contar até cem
Ou mesmo atentar ao vazio
Mas aí de repente vem
A preocupação do invisível.
Mas quando enfim queremos ver
Olhar atentamente o pensamento
Ele resolve se esconder
E não há nenhum alento.
Talvez seja um castigo
Não entender o que a vida é
Procuramos sem um destino
Respostas pela longa maré
O ar traz a tranquilidade
A água traz a paz
O fogo traz a vontade
A terra força nos traz
No fim pouco sabemos
E isso atiça a curiosidade
Mas quando nos envolvemos
Esquecemos da realidade
Acordar, trabalhar, viver
Comer, aliviar, dormir.
Todo dia precisamos ver
O que aconteceu e está por vir.
Mas no automático tudo segue
Porque a mente não se importa
Ela continuamente se perde
Quando algo bate a porta.
Devaneios nada mais são
Do que a busca pela verdade
Que no fim não tem razão
Apenas um toque de insanidade.