Não ouvistes

Não ouvistes

Não ouvistes quando aflita bati à tua porta...

Estavas surdo aos meus apelos.

Cantei a canção dos Deuses pra te despertar

Mas tu, preferistes ouvir o som das ruas...

Não percebestes a solidão dos meus passos,

Que se afastavam de ti...

Estavas entregue a outros sons que ressoavam

Na madrugada gelada, enquanto eu te procurava.

Não percebestes a ternura com que

Minhas mãos te acariciavam,

Pois só queriam tocar tuas feridas

E mistura las às minhas, de tal forma

Que não sangrassem mais...

Não vistes meu pranto doído

Que rolava em cascata, enquanto ouvia

O eco do teu sorriso que se distanciava

Cada vez mais, tirando o brilho dos meus olhos.

E fixando os teus na minha alma.

Ficastes mudo diante o infinito que se abria,

Por desconhecer a maravilha de voar,

Temeroso de ousar, deixastes que eu sangrasse

Ate a morte, de tal sorte,

Que agora já não quero voltar.

Jbazani

Buscadora
Enviado por Buscadora em 20/11/2005
Código do texto: T73924