A Minha Mente é um Albergue de Personalidades Desgovernadas
Eu sou uma colcha de retalhos
Onde personas estão trancafiadas
Elas escolhem na sorte, tal qual uma roleta
Quando hão de solver-se minha presença
Há em minhas entranhas
Uma criança assustada e traumatizada
Entre abusos e os terrores do inimaginável
A mente se esgota e se refugia em armadilhas do ego
Eu abrigo uma fera sexual em mim
Que manipula causas ao seu favor
Orgulha-se dos prostíbulos onde visitou
Buscando a todo custo a inquietação do gozo
Há uma personalidade sem gênero
Aparentemente receitado ao oculto
Sonhando realidades alternativas
Cuspido contra deuses e catedrais
Eu respiro por horas como uma divindade
Em uma realidade além dos homens
Onde me encontro em paredes escuras
Onde não posso realizar qualquer milagre
A minha lealdade fica com os encantos
Do que mais agradara essas personas
Quem me deixa dançar nu e sem repúdio
Entre a besta, a criança a divindade e a persona sem gênero
Atualmente, sou um adulto traumatizado,
Resultado dessas constantes mudanças de humor
Uma pessoa que se enxerga como objeto inválido
Mero espectador de si, aderido ao silêncio
Ao longo do dia eu as alimento
O que me deixa exausto
Trocando de personalidade
Eu me conflito o que entendo por espírito