O Caixão é uma Vaidade Explorada
Não importa tua beleza, o mundo é um deserto
Morra com os olhos sufocados com ouro
Não importa tua certeza, você é um ditado
Aceite que prega para corvos e vermes
Meu perfume de insistência se esconde
Minha boca cumplice abriga o silêncio
Meu corpo trêmulo abriga a exaustão
Mas interpreta o fútil jogo da expectativa
Eu sou a casa da intenção vulgar:
Teus filhos me chamam de pai
Tuas filhas me chamam de bordel
Teu pai me chama de excesso
O ódio nos governa, o amor sucumbe
A comunhão tão espremida
Era só um nome sem juízo ou significado
Somos o rosto da avareza
O teu sangue molda o metal
Os teus olhos moldam a moeda
Os teus dentes moldam o corte da carne
O teu estômago molda sínteses
Não importa beijar os anéis
Se nos traímos entre reis e amantes
Mastigando álibis para fins de decoração
Vestindo preto para evitar o batom e branco para lebres
A ferida recém inaugurada
Banha na solução vinagre-gengibre
O sangue que hipnotiza-se
Dançando a perfeição dos atos
Deus, carrega-me embaixo dos teus cílios
Pois temo as batinas-fardas
Que arrastam cadáveres e crianças
Feito um espetáculo tardio