A MORTE DO DESEJO DEFUNTO
A MORTE DO DESEJO DEFUNTO
j.Torquato
EU QUE PENSEI SEM PENSAR,
PULEI E NÃO ERA PARA PULAR.
QUEM NÃO PULARIA? NÃO CALAR.
FOI NAQUELA CACHOEIRINHA MIRAR-TE
PARA TODO MEU EU AMAR-TE
SOB O MANTO D’ÁQUA MOLHAR-TE
ÁGUA CRISTALINA, DOCE E DIVINA
CHEIRO DE MATO, DE CARNE CRAVO E CANELA
E UMA VIÃO DE MUNDO SÓ DELA
A ÁGUA MOLHAVA A ALMA AOS MEUS PÉS
MOLHAVA MEU SEXO DE PLANTÃO EM AÇÃO
MINHA MENTE FOTOGRAFAVA EM DIREÇÃO
FOTOS E FILNES DE EMOÇÕES NA CONTRA MÃO
EM UMA CORRENTE PENSATIVO DE UM SÓ VIÉS.
ERA LÁ TU NUA, MOLHADA, CANTANTE, EXALANDO FLORES.
ERA EU CÁ, ABISMADO, EM PLENO TESÃO,
A SEIVA QUERER BICAR NESTA FLOR ENTÃO.
O SONHO SECO E ARENOSO DESPERTOU.
MURCHARTIVIDADE DA REAL VIDA DO EXPECTADOR
EM UMA AVERSÃO REAL A SEXUALIDADE DO SONHO.
PESADELO FORMOU, EM SUICIDIO NA FONTE REAL...
PULOU.
TALVEZ TENTANDO NA ÁGUA RESGATAR A FILME PERDIDO.
ANIQUILADO, EM SOLITÁRIA MORTE DE
DESEJO MORTO.