Minhas doses.
Por mais uma vez
eu num canto qualquer
jogado e sem destino,
me foge a cabeça
aquele sonho de criança
que só pensava em brincar.
Sinto que alguma coisa
me abandonou no caminho,
não sorrio como antes
a droga da sobrevivência
tem um preço muito alto
por isso, sofro sem liberdade.
O meu corpo não acompanha
os desejos que me provocam,
todos os dias sou jogado
contra a parede da vida,
já nem penso mais em mim
porque não quero isso para ninguém.
Eu sei que não sou fraco
tenho consciência das coisas
não procuro ciência para desvendá-las
apenas,escrevo humildemente poesias,
revelando para outras pessoas
que o poeta sofre um pouco mais.
Obs: mas, não desiste nunca!
Condor Azul.