Viagens
Viagens.
Viajando no tempo, pairando no senso, cantando no vento, ouvindo dois rios de Skank, sonhando que pode o tudo do nada, que quem sabe o impossível seja possível por entre espaços de espaços de passos compassos de uma circunferência quadrada, tornando real o irreal.
Viajando no tempo, pairando no senso, cantando no vento, ouvindo uma canção moderna, gozando sem sexo, apenas imaginando a sombra nítida ofuscante sobre um corpo louco, de um ser pobre pensante.
Viajando no tempo, pairando no senso, cantando no vento, tomando um gole seco de wisque que desce macio arranhando uma garganta que talvez esteja no cio, lendo belas frases pensantes que viajam num instante dizendo que ama, que sente, que canta.
Viajando no tempo, pairando no senso, cantando no vento, lacrimejando o coração de saudades e desejos de uma rocha rara brilhante, fosca de medo do meu medo segredo.
Viajando no tempo, pairando no senso, cantando no vento, o Frisson com olhos vendados, pensando num frio que deixa arrepiados, duros e molhados uns seios amados.
Viajando, pairando, cantando...