Revelação

Eu sempre tive um peito ferido,

é o tesouro que trago no corpo,

por muitas vezes abri o coração

como se fosse um baú,

queria aliviar o peso,

mas, a cada vez que me levantava

para continuar caminhando,

procurava esquecer.

Ainda me é consequente,

eu sou assim,

acostumei de vez enquanto sentir dor,

hoje, nada é tão forte,

já tenho nos braços a verdade da vida,

e nutro consciência de que não sou o único.

Com certeza vou além do tempo,

para mostrar para mim mesmo,

que pode ser difícil,

mas, jamais vou desistir de me revelar,

as letras ajudam na minha reconstrução

todos os dias,

por isso,

sou um poeta pela vida,

escrevendo com emoção

e por amor.

Condor Azul.