DESATINO
Relembrando o acontecido fato, em que me perdi a vera, pois já era quase a hora que planejei adormecer
Deixei de finalizar a obra, por força do descaso e inveja, elaborei meu plano e depois torci para que desse certo outra vez
Ninguém veio de longe, não deixou recado e nem se quer mandou uma carta que pudesse me esclarecer
E o desabafo ignorante foi soltar um grito como um acéfalo e daí então me apoderei do óbvio, pois era quem estava próximo do que ia padecer
Durante repetidas vezes falei às paredes, me escondi nas sombras, esmurrei pontas de facas e desagüei num lindo porre
Acordei lambendo a boca da ressaca e com a lucidez me dando um choque, vi que não era mais sonho, nem aconteceu nada do que achei que ia acontecer
Incerteza, (in)contenteza e bisonha desgraça foi só o que conseguia sentir e depois de acordar, percebi que essa noite foi perdida e senti um grande ódio
Pois não consegui sonhar com você.