PREÇO DE UM SONHO
Sudorese abundante
inunda o quarto crepitante.
De sobressalto, acorda
Reluta sobre o que constata
Sobra-lhe ainda, a alma.
Tenta dormir, não consegue
Em delírios, se perde.
Finge que dali se esvai
Afoga-se nos próprios ais.
Decepção, amargura
Misto de tortura aliada à doçura
Dos olhos embotados.
Em furor insano confinado,
Se consome.
Mas, incrivelmente, não há desespero.
Há o doce cheiro, por assim dizer, do sossego.
Há paz no sonho que jaz!
Envolve-lhe o peito, o frio,
Mesmo jovem, doentio.
Pagou o preço.
Subsistiu ao desapreço!
#feelingsoflifebyzu