O absinto cobra da inocência.
A nossa seiva
atravessa a fronteira da ilusão
ela parte dos sucumbidos
corpos nus em transe
numa força suprema
que alavanca um pudor
inexplicável de acasalamento
dentro do quarto bebendo absinto
onde essa química tempera
utilizando seus métodos inimagináveis
para propalar a sua intensa sedução
através de cópulas permitidas
entre duas pessoas que se amam
e por isso,fazem amor
com ou sem domínio.
É mesmo um arrebatamento
que em sua emoção espargida
protubera acima da relevância
numa sensação que se reverbera
e quase alcança o céu
em suas constelações
levando para um outro mundo
os auspiciosos,inibidos, e ora distraídos,
no imperioso chamamento
de se atrair pelo vício da bebida
por onde o amor
também flui
de sobremaneira
inteligente,inteligível
nos corações divinos.
Condor Azul.