Os bobos existem
Os bobos existem para provar
Que o medo nos ridiculariza
Não há um tipo de segurança
No sorriso frouxo do fraco
O parto está marcado
A hora chega depressa
Os olhos são grandes à beça
Da mulher que não quer nascer
A escultura mais famosa
É invisível
A criança mais esperada
Não pode existir.
E tudo o que é belo deixou de ser
Porque o cientista mandou fechar os olhos
A feiura está posta à face
E respirar tornou-se o novo impasse.