Um Corvo sobre a Locura do seu Mundo
Um corvo anda sobre o mundo
Sentindo os olhos tremulosos dos humanos
A cada hora que passa uma bomba explode
Seja no oriente ou nas mentes insanas
O corvo escreve sem sentido pelas ruas
Vendo os velhos morrendo sem alegria
Os jovens viciados pelas esquinas
E toda sorte do Amor resumida em dor.
O corvo não pode mais dormir sem seus pesadelos
Imaginando por que as pessoas vivem com medo
Tentando compreender a graça da Cruz
Em outro momento disputando sua sorte com a luz.
Há quem queira viver no submundo das aflições
Mapeando a discórdia e subjugando a morte
Entre os espinhos vivem usufruindo a raiva
Nas redes socais são os nephilins disfarçados.
O corvo em sua devocação eterna
Questiona seu próprio raciocínio
Que outrora um dia sonhou
Em mundo sem ardor
Será ilusão ou somente uma inibição?
Enquanto isso os verdadeiros poetas dormem
Em seus comodismos escrevem suas prosas
São os que deveriam fazer diferença
Mas são políticos desse mundo doente.
Padre, Pastor ou Rabin defendem suas crenças
Nesse jogo de poder quem realmente são os profetas?
Os professores militando em vez de unir
Os pais já não estão com seus filhos
Poderia até dizer que isso parece um partido político.
O corvo fica fugindo do seu propósito
Já conheceu anjos e demônios
Já encontrou abismo e também algumas danças
Mas cansado ele está de escrever coisas que não consegue resolver.
O corvo sobre as nuvens nebulosas voa
Sem amigo, sem inimigos e sem riso
Só quer encontrar um lar
Onde possa descansar.
O Corvo deixou de Julgar
Ele agora só tem sua fé para ler
Quer o bem, quer o bom e quer não ter que sofrer
Tem seus impostores dentro da sua alma
Mas sabe que Deus está ao seu lado.