Madrugada

Céu aberto

em noite fechada,

faço força

e mantenho acordado

um desespero vigilante

no temor de meus olhos cerrados.

No vazio e frio

da madrugada faminta,

todo som é distante

e em algum lugar os ponteiros transitam,

brincando de trazer o dia,

adiando quase sem querer

a partida.

Ar doce e congelante,

exagero juvenil

nas andanças de um principiante.

Ler papel,

escrever papel.

Fazer do papel

a solução, o mel.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 07/11/2007
Código do texto: T726978