Madrugada
Céu aberto
em noite fechada,
faço força
e mantenho acordado
um desespero vigilante
no temor de meus olhos cerrados.
No vazio e frio
da madrugada faminta,
todo som é distante
e em algum lugar os ponteiros transitam,
brincando de trazer o dia,
adiando quase sem querer
a partida.
Ar doce e congelante,
exagero juvenil
nas andanças de um principiante.
Ler papel,
escrever papel.
Fazer do papel
a solução, o mel.