Portão do delírio

As diferentes formas tomam formas em diáfanos,

Um segmento em ordem contingente espera para expirar-se.

Um deposito criacional de gás metano (CH4).

Uma síntese sinestésica moldam os gestos,

Os apelos se separam dos desejos,

E os gritos que se expandem tornam-se irrelevantes.

Só por mais alguns instantes, a maquiavélica distinção.

Fuga voraz de um atino, agora em desatino.

Talvez não, mas ainda não se sabe nunca se sabe.

E quando os sentinelas, com seus trajes chamejantes.

Cunham-se o portão suntuoso e extenso.

As vozes disseminam-se em timbres de temor.

O alvoroço intermitente cria dentro de cada um dos agregados

Uma alusão enigmática.

E os seres, todos absortos e irreversíveis.

Seguem o rastro do mentor, um fidedigno gesticulador.

A terra mística ativa-se na visão dos agora, inalterados.

Risos e delírios

Risos exultantes e delírios perenes.

E sob o palco estilizado, a voz acentuada do mentor.

Persistentes gestos, atinados versos.

E todos em delírios múltiplos

As faces eufóricas, as visões ornamentadas.

E os corpos em constantes movimentos.

E naquele momento insano

As feridas cicatrizam-se, os seres se abraçam

Agora, unidos e revestidos contra todo o mal.

E no semblante de cada um, novos desejos tomam formas.

Virtuosas.

O ser inalterado, agora sabe sorrir para todos.

Sabe dividir o que ainda não recebeu,

Sabe amar pelo avesso, sabe criar uma nova afecção.

Sabe sem saber, que sabe...

ama sem saber, que ama

cria sem saber, que cria

evolui sem saber, que evolui....

e quando pensa, pensa em todos.

A terra dos insanos evolutivos

Fica do lado antagônico desses meros humanos

Após o “PORTÃO DO DELÍRIO”.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 06/11/2007
Reeditado em 23/01/2009
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