Um enredo pro fim do mundo
Era um dia comum
Não havia nada de muito especial aos olhos de qualquer um
Mas havia outros
Que olhavam distantes
Como entre aqui e um outro lugar
Uma outra realidade talvez
Não muito diferente de nós claro
Como um homem mais velho que olha de longe para um adolescente
Imaginando tudo que ele foi
Tudo o que poderia vir a ser
Continuamos nos movendo
Enquanto a medida aumenta
Poesia macabra
Como ondas de terror longínquo
Que cai por descuido de minha ousadia
Perscrutando o infinito
Entre a infinitude de possibilidades
E o trabalho concreto
Esbarrei-me no fim do destino
A porta fechada do meu falecimento
Impossível sair
Com a pena de rubro molhada
No tecido do destino
O caminho convosco é Impossível
Pois a solitude habita em mim
Mas já que parte para um outro alguém
Deixe que a memória fique
Em poesia para mim
E além da minha morte
Aquilo responde
Além do espaço e do tempo
Vibrando através da minha própria morte
Sussurrando através de uma fenda no tempo
Reverberando em minha mente
O fim de tudo explode
Nesta louca poesia
O universo encontra seu fim